Faz tempo que não escrevo aqui, mas o lançamento do DDO merece um post.
Se você não é nerd, nem jogou dados na sala da tia do mestre, desencana que você não vai entender nada do que eu to falando, vai ler Caras.
Agora se você é nerd, sabe a diferença entre um d20 e um d6, já discutiu se elfos são melhores que anões, você vai adorar isso!
Três anos e meio se passaram, e sofrendo com a concorrência no mercado dos MMOs*, a Turbine resolveu experimentar com um novo modelo de negócios para o DDO, que a partir de agora se chama Dungeons and Dragons: Eberron Unlimited.
O jogo, que seguia o padrão dos outros MMOs, ou seja, assinatura mensal no valor de $14,95 doletas, passou agora a ter a opção F2p**, um dos meus acronimos favoritos :D
Um pouco da historia do jogo, lançado em fevereiro de 2006, o jogo procurava concorrer com outros gigantes do mercado disputadíssimo de MMOs**a escolha da Turbine como estúdio responsável por transportar a criação de Gygax e Arneson para o mundo dos computadores foi um pouco criticada na época, afinal Dungeons and Dragons é o pai do RPG, talvez tão importante como Tolkien para a Fantasia, e a Turbine, apesar de ja ter publicado o Asheron´s Call, parecia uma má escolha para tomar conta do projeto.
O resultado é que o jogo nunca foi um best seller, eu participei do primeiro Beta, e confesso que não me capturou a atenção, talvez tenha sido um mau momento para lançar, afinal na mesma época, diversas expansões e novos mmos disputava a atenção do povo.
Quem é familiarizado com Dungeons and Dragons (Nesse caso a 3.5 ed) vai estar em casa. Apesar de não se passar nos já manjados Forgotten Realms (a la Neverwinter Nights da Bioware) ou Greyhawk (a la Temple of Elemental Evil da Troika) O setting do jogo é Eberron, criado por Keith Baker, vencedor do concurso de criação de settings da Wizards of the Coast em 2002.
Alias o setting mereceu mesmo, a idéia do cara é muito boa, uma mistura de Steampunk com pitadas de pulp e film noir. O mundo possuí linhas de trem magicas, conectando as principais cidades, uma raça de golens criados com magia e tecnlogia, chamados Warforgeds, e familias, supostamente descendentes de dragões, que além de possuirem poderes especiais (as tais dragonmarks), ainda por cima dominam os negócios e os governos do mundo.
Voce pode criar humanos, elfos, anoes, halflings, drows e warforgeds, as classes sao as familiares Guerreiro, Bárbaro, Clerigo, Mago, Feiticeiro, Ladrão* e esquisitices tipo Favored Soul e Monge, infelizmente ainda sem sinal de Druidas.
O jogo lembra bastante o City of Heroes, pois os dungeons e áreas externas são instanciados, você e seu grupo entram em um dungeon criado apenas para quem esta no grupo.
Uma sessão típica envolve nossos bravos aventureiros, em busca de fama e equipamentos melhores, aceitarem um dos diversos quests (normalmente o NPC que dá o quest fica do lado da entrada) clicam na porta, escolhem a dificuldade (desde solo, passando por normal, hard e "OH MEU DEUS MEUS OLHOS ESTÃO SANGRANDO!" er, Elite). Já ao entrarem a atmosfera do jogo toma conta, tuneis de esgoto realmente nos dão alegria pela tecnologia ainda não ter avançado tanto para passar cheiros... névoas esverdeadas e uma trilha sonora estilo Diablo compõe uma bela palheta. E o jogo é difícil, mesmo nas dificuldades menos severas, as armadilhas machucam (protip: arrume um bom rogue!) a AI do jogo, uma das mais senão a melhor que ja´vi nesse tipo de jogo, os malditos casters costumam te dar um baile, especialmente se você é um personagem "de porrada".
O jogo é cruel, se você não estiver familiarizado com a cultura D&D, pode se preparar, por exemplo, não existe ICHR ou ICPR, (In combat healthe power regeneration) não é WoW ou Warcraft da vida. Não adianta meditar que a vida e o mana não sobem, voce tem hitpoints e spell points fixos, se quiser aumenta-los após o combate, torça para achar um dos raros Rest Shrines espalhados no jogo. e Mesmo assim já perdi a conta de quantas vezes você acaba morto por um maldito Hold Person de um Shamanzinho Kobold level 3!
Prepare-se para encontrar portas secretas, armadilhas, baús cheios de tesouro, e monstros, muitos monstros.
Talvez eu não seja a melhor pessoa para criticar o jogo, afinal, não sei até quando meu saudosismo rpgístico influencia na percepção do jogo. Mas eu me divirto pacas. E todos que me conhecem sabem que tenho uma vertente um tanto S&M*** que o DDO sabe fisgar bem.
Claro que os gráficos são velhos, a música das zonas repetitiva (a dos dungeons é excelente no quesito atmosfera) e o combate pode ser um pouco repetitivo para alguns,o combate é feito apertando o botão esquerdo do mouse (protip: aperte e SEGURE para fazer os ataques, seu dedo e seu mouse agradecem) Mas por baixo dessa aparente simplicidade, o jogo possuí um dos sistemas de combate mais interessantes que já vi, por exemplo, devido a dança das cadeiras dos monstros, muitas vezes você tem que correr pra cima e pra baixo atrás dos monstros, o que não fica claro é que se você atacar em movimento, seu bonus de ataque sofre um redutor de -4! Além disso, se você atacar (ou for atacado) nos flancos ou nas costas, ganah um bônus de +2 no ataque. Isso dá um novo sentido para as manobras de combate. E a cereja do bolo. Você pode ver uma representação do seu dado de ataque na tela, anda como ver aquele 20 natural tão sofrido para derrubar o shaman quando ele esta quase conjurando medo ;)
Poderia falar ainda dos efeitos especiais, por exemplo, se você está cego, sua tela fica preta e boa sorte acertando mobs, reze para que seu clerigo (se voce tiver um) tenha remover cegueira, senao, abraço.
Em suma, um jogo premium, bem feito, maduro, recomendo a todos. Alguns que estão acostumados com WoW ou WAR podem fazer pouco dos gráficos e da jogabilidade, e convenhamos, o povo que cresceu jogando WoW e WAR foram criados a leite de pera, a ovo maltino, natural que desgostem do "Pai" dos MMOs. Eu mesmo vejo que o numero finito de quests e a demora entre os lançamentos das expansões, ou módulos, como são chamados no DDO, como coisas capazes de fazer uma pessoa se encher e procurar novos horizontes. Mas até isso acontecer, muitas salas serão invadidas, muitas armadilhas serão desarmadas, muitos monstros esterminados e muitos baús repletos de tesouros serão achados.
PROTIPS!
1)Baixe o jogo e se cadastre em http://www.ddo.com/playnow/ (Baixe o instalador High Res se sua maquina for nova, se for esquema Laptop da Xuxa baixe a Standard Resolution)
2) Faça um personagem no Servidor Cannith (Server Novo, cheio de Brasileiros)
3) Procure pela guilda "Irmandade da Chama Branca" o líder, Talenvorn vai te receber de braços abertos (Free Hirelings!!! xD)
Bônus Review: Aion: Tower of Etenity
Depois do "fracasso" do Age of Conan, e do Warhammer Online: Age of Reckoning, o novo "WoW killer" foi designado como sendo AION, produzido e desenvolvido pela NCsoft, já conhecida pelos Cityof, Lineage, Guild Wars e Tabula Rasa (ops ;) Aion é um dos mais belos jogos criados, a história se passa em um mundo destruído por uma guerra entre duas raças os pombos e os urubus, er os "Elyos" e o s "Asmodeans".
Já jogou Lineage? imaginou o Lineage com asas? = Aion
Melhor, imagine a seguinte cena:
30 setembro 2009
DDO DE GRÁTIS ATÉ WIZARD MARK NA TESTA! xD (BÔNUS REVIEW DO AION!)
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